Autor: gigibalielo1

  • Sono bagunçado, emoções bagunçadas: como dormir mal bagunça a cabeça também

    Sono bagunçado, emoções bagunçadas: como dormir mal bagunça a cabeça também

    Você já acordou cansado, irritado e sem paciência mesmo tendo dormido umas 7, 8 horas? Ou então acorda já com a mente acelerada, esquecendo o que ia fazer, querendo chorar por qualquer coisa?

    Pois é. Quando o sono tá bagunçado, não é só o corpo que sente, mas a mente também fica toda desorganizada.

    E sim, tem explicação pra isso! Vamos falar sobre como dormir mal mexe com seu emocional (e não só com sua energia).

    Dormir não é só “desligar o corpo”

    Enquanto você dorme, seu cérebro fica a todo vapor, organizando memórias, regulando hormônios, processando emoções que você nem percebeu durante o dia.

    Quando esse processo é interrompido (seja por insônia, sono picado, mente acelerada, celular na cara até 1h da manhã), é como se seu emocional ficasse com várias abas abertas sem dar conta de nenhuma.

    Resultado?

    • Ansiedade mais intensa no dia seguinte;
    • Memória fraca;
    • Emoções intensificadas;
    • Irritabilidade fora de contexto;
    • Falta de foco e motivação;
    • E aquela sensação de “minha cabeça tá uma bagunça”.

    Psicologia e sono: tudo a ver

    A psicologia entende o sono como parte fundamental da regulação emocional e mental. Pessoas com transtornos como ansiedade, depressão, estresse crônico ou Burnout quase sempre relatam alterações no sono (e isso não é à toa).

    Dormir mal atrapalha a liberação de neurotransmissores como serotonina e dopamina, que estão diretamente ligados ao nosso humor, disposição e bem-estar… Ou seja, às vezes não é só “fase ruim”, mas sim a falta de um sono de qualidade.

    E não, dormir “bastante” não resolve se a qualidade for ruim

    Dormir 9h com a mente acelerada, acordando toda hora, ou com exposição à luz até tarde, não é sono restaurador. É por isso que às vezes você dorme e ainda assim acorda como se não tivesse dormido nada.

    Se você se identificou, pode ser um sinal de que:

    • Você tá levando preocupações demais pra cama;
    • Sua rotina pré-sono tá cheia de estímulos;
    • Ou você tá tentando descansar o corpo, mas esquecendo da mente.

    O que pode ajudar?

    1. Criar um ritual de desaceleração antes de dormir: luz baixa, tela longe, respiração consciente.
    2. Evitar discutir ou resolver problemas difíceis à noite (seu cérebro precisa de um “modo descanso” gradual).
    3. Escrever o que tá ocupando sua mente antes de deitar ajuda a esvaziar o excesso de pensamento.
    4. Se puder, desconecte das redes pelo menos 30 min antes de dormir.
    5. E lembre-se: descansar não é preguiça, é necessidade básica.

    Dormir bem é cuidar da sua saúde emocional também

    Se sua cabeça anda bagunçada, suas emoções à flor da pele e seu foco desapareceu… talvez o ponto de partida não seja fazer mais. Talvez seja dormir melhor, com mais presença, mais cuidado, mais você com você!

    Como está sendo a qualidade do seu sono, por aí?

  • Você se mostra como realmente é ou vive em modo personagem?

    Você se mostra como realmente é ou vive em modo personagem?

    Tem dias que parece que a gente tá vivendo no automático, né?
    Fazendo tudo certinho, respondendo “tá tudo bem” mesmo quando não tá, sorrindo no stories e fingindo (as vezes até para nós mesmos) ser algo que não somos…
    Mas por dentro? Tá cansada, sobrecarregada, perdida e sem saber como lidar com tudo isso.
    E a real é: tem muita gente vivendo assim, no modo personagem.

    Tá, mas o que é esse “modo personagem”?

    É quando você vai se moldando pra agradar, pra ser aceito, pra não decepcionar ninguém. Você vira “a forte”, “a madura”, “a boazinha”, “a engraçada”, “a que resolve tudo”, e às vezes nem percebe que tá se esquecendo de você no meio disso tudo.

    Não é sobre falsidade. É sobre sobrevivência emocional.

    A gente aprende desde cedo que precisa ser “de um jeito certo” pra ser amada, pra não ser rejeitada. E aí, pronto, a máscara gruda.

    Quer um exemplo? Bora falar de série!

    Pensa na Cassie, de Euphoria…
    A personagem que tá sempre tentando ser o que esperam dela (a namorada ideal, a filha que agrada, a menina que não reclama). Ela veste a imagem de “perfeita” o tempo todo, mesmo quando por dentro tá despedaçada.

    Tem uma cena emblemática em que ela entra em um ciclo de ansiedade absurda, se arrumando às 4 da manhã pra impressionar um cara que nem a valoriza.
    Ela vai perdendo totalmente a noção do que quer, do que sente, do que é, só pra ser “escolhida”. Aqui temos um exemplo do modo personagem no volume máximo.

    E é pesado assistir… porque muitas vezes a gente se vê ali, de formas diferentes, mas nos identificamos com algo. Tentando agradar, se moldar, caber (muitas vezes onde não cabemos), falhando e se perdendo no processo.

    “Mas como eu sei se tô vivendo assim?”

    Se liga nesses sinais:
    • Você sente que precisa estar bem o tempo todo;
    • Vive com medo de decepcionar;
    • Esconde o que sente pra não parecer “fraca”;
    • Parece que tem que controlar tudo (inclusive suas emoções);
    • Depende muito da validação do outro;

    Se você se identificou, talvez esteja gastando energia demais sendo o que esperam, e esquecendo de ser quem você realmente é.

    E aí vem a pergunta que pesa:

    Você tá se sustentando ou se representando?

    Essa pergunta mexe um pouco, porque às vezes a gente acha que tá “dando conta”, que tá sendo forte, que tá vivendo do nosso jeito… Mas, na real, tá atuando pra manter uma imagem.
    E sustentar uma imagem o tempo todo não é nada leve, cansa e machuca. É como se você tivesse que provar pra todo mundo (e pra você mesma) que tá tudo bem, mesmo quando não tá.

    • Se sustentar é quando você age com verdade, mesmo nos dias difíceis. Você se apoia em quem você é, com seus limites e vulnerabilidades, não pra parecer perfeito(a), mas pra seguir sendo você.
    • Se representar é quando você vive pra manter um papel, pra não decepcionar, pra não ser rejeitado(a), pra ser “o que esperam”… E com isso, você deixa de se escutar e de se acolher só pra continuar agradando o outro.

    Não é fácil perceber quando a gente saiu do modo “eu” e entrou no modo “personagem”. Mas quando percebe, dá pra começar (e com calma) a voltar.

    Mas como começar a voltar pra si?

    Com perguntas simples (mas profundas):
    • O que eu tô sentindo de verdade hoje?
    • Eu tô fazendo isso porque quero ou porque esperam de mim?
    • Se eu não precisasse agradar ninguém agora… o que eu faria?

    Você não precisa se “desconstruir toda” num dia só, mas pode começar a se escutar de novo. Do jeitinho que é, sem edição!

    Ser você já é suficiente!

    Não precisa performar, provar, sustentar nada, pra ninguém!
    Quem gostar de você de verdade, vai gostar da versão mais honesta.

    E ela merece sair do bastidor…

  • Cansado o tempo todo? Pode ser mais do que físico…

    Cansado o tempo todo? Pode ser mais do que físico…

    Você acorda cansado, passa o dia cansado, e vai dormir… adivinha? Cansado.
    Mesmo dormindo bem, mesmo “não fazendo tanta coisa assim”, a sensação de esgotamento não vai embora.

    Se isso tem acontecido com frequência com você, talvez a sua mente esteja tão sobrecarregada quanto (ou mais) que o seu corpo.
    Nem todo cansaço é físico, e a psicologia pode te ajudar a entender isso.

    Mas por que tô tão cansado se nem fiz tanto assim?

    Porque fazer muito não é só sobre tarefas visíveis.
    Às vezes a gente tá exausto porque passou o dia:

    • Pensando em mil coisas ao mesmo tempo,
    • Se preocupando com o que vem pela frente,
    • Se cobrando por não ser produtivo o suficiente,
    • Tentando “dar conta” de tudo sem parar pra respirar.

    Isso é cansaço mental e emocional. E ele pesa…muito.

    Tipos de cansaço que não são só físicos:

    Cansaço mental
    Aquele que aparece quando a mente não para. Você pensa tanto que não consegue focar em mais nada e até tarefas simples parecem difíceis.

    Cansaço emocional
    Você sente que tá “carregando um peso invisível”? Pode ser a sobrecarga de emoções não expressas ou mal processadas (como ansiedade, frustração, tristeza ou culpa).

    Cansaço existencial
    Às vezes o que cansa é a sensação de estar vivendo no automático, sem propósito claro, ou tentando atender expectativas que não são suas.

    Sinais de que seu cansaço pode ser mais emocional do que físico:

    1. Você dorme, mas não acorda descansado;
    2. Tarefas simples parecem imensas;
    3. Sente falta de energia até pra coisas que você gosta;
    4. Fica mais irritado(a), ansioso(a) ou “no modo desligado”;
    5. Tem a sensação constante de que nada rende, mesmo se esforçando.

    O que pode ajudar?

    Parar de ignorar o que você sente: Nem sempre a solução é um café ou cochilo, ás vezes é uma conversa honesta com você mesmo.

    Fazer pausas reais: Assistir série ou rolar o feed pode distrair, mas não é descanso de verdade.

    Organizar sua rotina com mais gentileza: Você não precisa “dar conta de tudo”.

    Falar sobre isso: Com amigos, família ou um psicólogo (dividir o que tá pesado pode aliviar muito).

    Cuidar da mente também é descansar

    Nem sempre o corpo cansado precisa de mais ação, ás vezes ele só precisa de acolhimento.

    Então, se você anda se sentindo esgotado(a) o tempo todo, talvez seja hora de parar de se forçar… e começar a se ouvir.

    Você não precisa aguentar tudo sozinho(a).
    Seu cansaço merece atenção (e você também).

  • Desconectar pra se reconectar: como o uso excessivo do celular afeta sua mente

    Desconectar pra se reconectar: como o uso excessivo do celular afeta sua mente

    Você pega o celular “só pra ver uma coisa”… Mas quando vê, já se passaram 40 minutos, você nem lembra o que ia ver e ainda saiu com a cabeça mais cansada do que antes.
    Se identificou? Bem-vindo ao clube dos esgotados digitais!

    Atualmente, vivemos grudados na tela, e mesmo sem perceber, esse uso excessivo pode estar afetando sua mente, seu foco, seu humor e até sua autoestima.

    Mas por que a gente não consegue desgrudar?

    Porque o celular ativa o nosso sistema de recompensa cerebral.
    Cada notificação, curtida ou mensagem nova libera dopamina, o famoso neurotransmissor do prazer, e o cérebro AMA isso.

    Então, sem perceber, vamos pegando o celular o tempo todo pra aliviar tédio, ansiedade, cansaço, solidão… É como um “reflexo emocional”, quanto mais mexe, mais vontade dá de mexer, né?

    E qual o problema disso?

    1. Sobrecarga mental:
      É muito estímulo o tempo todo. Informações, sons, imagens, vídeos, mensagens… o cérebro fica exausto e a gente sente aquela sensação de cansaço sem ter feito “nada”.
    2. Dificuldade de concentração:
      Se você não consegue assistir um vídeo de 5 minutos sem pausar ou mudar de app, talvez o seu foco esteja sendo afetado (fora as vezes que ainda aceleramos vídeos e áudios no WhatsApp).
    3. Ansiedade e comparação:
      Rolando o feed o dia todo, a gente cai fácil na armadilha de achar que tá “atrasado na vida” ou que os outros são sempre melhores que nós.
    4. Desconexão real:
      Quanto mais tempo no online, menos tempo no aqui e agora. Consequentemente, isso pode afetar nossas relações, presença e até a percepção de nós mesmos.

    Tá, e o que a psicologia diz?

    A psicologia entende o uso excessivo do celular como um comportamento que pode se tornar disfuncional, principalmente quando vira fuga de emoções difíceis ou começa a afetar outras áreas da vida.

    O problema não é o celular em si, sabe? Mas é o quanto ele pode estar sendo usado como anestesia emocional no nosso dia a dia.

    Então como usar com mais equilíbrio?

    • Observe seus gatilhos: Você pega o celular quando tá entediado? Ansioso? Sozinho?
    • Crie “mini pausas” digitais: Deixe o celular longe enquanto estuda, come ou conversa com alguém (sei que é difícil mas com o tempo ajuda muito!).
    • Reduza notificações: Seu cérebro não precisa ser interrompido a cada vibração (isso distrai horrores).
    • Programe momentos offline: Pode ser 1h por dia ou 1 tarde no fim de semana, já faz diferença.
    • Se conecte com você: Às vezes o que a gente tá buscando no celular… é só uma forma de evitar estar com a gente mesmo.

    Desconectar também é autocuidado, viu?

    Você não precisa sumir da internet, jogar o celular fora ou virar um monge, tá? Mas talvez precise de mais momentos de presença real, silêncio e conexão com o que tá aqui, dentro e fora de você.

    Porque às vezes, o que a gente tá precisando… não é de mais estímulo. É de pausa.

    E aí, você sente que tem se desconectado de si pra se manter conectado com tudo?

  • Por que tudo me irrita ultimamente? (E o que isso pode dizer sobre mim?)

    Por que tudo me irrita ultimamente? (E o que isso pode dizer sobre mim?)

    Sabe aqueles dias em que o bom dia já parece meio ofensivo?

    O barulho do liquidificador irrita, a notificação do celular irrita, a voz de alguém irrita… e às vezes até você se irrita com você mesmo?

    Pois é. Se você anda se sentindo assim, não tá sozinho(a), e a boa notícia: isso tem explicação.

    Antes de tudo: é normal se irritar

    Irritação é uma emoção natural, assim como a tristeza, o medo e a alegria. O problema não é sentir isso, o problema é quando essa irritação vira frequente, intensa, e começa a te consumir (ou a respingar nas pessoas ao seu redor).

    Mas calma, não é drama, nem sinal de que você é uma pessoa “ruim”.
    Muitas vezes, a irritação é só a ponta do iceberg de algo mais profundo que a gente tá ignorando ou acumulando.

    O que pode estar por trás dessa irritação toda?

    • Estresse acumulado:
      Rotina puxada, sono desregulado, pressão, prazos…
      Quando o corpo tá cansado e a mente sobrecarregada, qualquer coisa vira gatilho.
    • Falta de limites:
      Dizer “sim” pra tudo e pra todo mundo, ignorando suas vontades e necessidades, vai gerando um acúmulo interno. A irritação muitas vezes é seu sistema emocional gritando: “ei, olha pra mim!”
    • Repressão emocional:
      Às vezes você não chorou quando precisava, não desabafou, não falou o que sentia… e tudo isso vai se acumulando e transborda em forma de impaciência ou explosão.
    • Autoexigência:
      A cobrança constante pra ser produtivo(a), resolver tudo, estar “bem” o tempo todo… cansa. E quando você não consegue atingir esse padrão impossível, vem a frustração disfarçada de irritação.

    E na psicologia?

    A irritação pode ser um sintoma emocional secundário. Ou seja, ela aparece por fora, mas dentro tem outras coisas acontecendo, como tristeza, medo, frustração, sensação de impotência ou esgotamento.

    Em muitos casos, a irritabilidade também pode estar associada a:

    • Ansiedade;
    • Sobrecarga mental;
    • Alterações hormonais;
    • Quadros depressivos;
    • Ou só um período difícil que a gente ainda não conseguiu nomear.

    O que fazer quando tudo parece irritar?

    1. Observe o que está por trás: A irritação quase sempre é uma reação a algo não resolvido.
    2. Dê nome ao que sente: Pode ser cansaço, pode ser carência, pode ser raiva acumulada… Quanto mais clareza, menos culpa.
    3. Cuide do básico: Sono, alimentação, descanso (o básico não é pouco).
    4. Aprenda a dizer não: Colocar limites evita que você ultrapasse os seus.
    5. Busque apoio: Se sentir que está demais, procure alguém pra conversar. E se possível, um acompanhamento psicológico.

    Seu corpo e sua mente não estão contra você

    Eles só estão tentando te avisar que algo precisa ser olhado com mais carinho., entende?
    Então, da próxima vez que tudo parecer irritar, talvez o melhor não seja “engolir”, nem “explodir”, mas parar e ouvir o que tá por trás.

    Seu incômodo pode ser um convite pra você se priorizar de verdade!

  • Todo mundo parece saber mais do que eu: será que é só insegurança?

    Todo mundo parece saber mais do que eu: será que é só insegurança?

    Você está lá, na sala de aula, e alguém começa a falar um monte de coisa que você mal ouviu falar… De repente, bate aquele pensamento:

    “Como assim essa pessoa sabe tudo isso e eu nem o básico direito?”
    “Será que eu tô atrasado(a)?”
    “Acho que não sou bom o suficiente pra estar aqui…”

    Se identificou? Isso tem nome: síndrome do impostor. E se você é estudante (principalmente de psicologia), é bem possível que ela já tenha te feito companhia por aí.

    O que é a síndrome do impostor?

    É quando a gente duvida da própria capacidade, mesmo tendo provas de que tá indo bem.
    A pessoa sente que tá “enganando todo mundo”, que foi sorte chegar até onde chegou, ou que não sabe tanto quanto parece.

    E sabe o mais curioso?
    Geralmente, quem sente isso é justamente quem é responsável, esforçado(a), dedicado(a)… Só que se cobra tanto que nunca se sente bom o suficiente.

    Por que isso acontece tanto na faculdade?

    A faculdade é um ambiente onde:

    • Estamos o tempo todo sendo avaliados;
    • Tem muita comparação (principalmente nas redes);
    • Nem sempre conseguimos acompanhar o conteúdo no nosso ritmo;
    • A pressão de “ser um bom profissional” começa antes mesmo da formação.

    Isso sem contar quem trabalha e estuda, ou quem tá passando por questões pessoais ao mesmo tempo, aí é fácil olhar pro lado e pensar: “Todo mundo está indo melhor que eu…”

    Spoiler: não tá.

    Todo mundo tem inseguranças, mesmo que não demonstre.
    Até aquela pessoa que fala super bem nas apresentações provavelmente se sente travada em outro contexto (todo mundo tem um ponto delicado), a diferença é que nem sempre a gente vê o bastidor do outro, só o destaque.

    O que eu posso fazer para lidar melhor com essa insegurança?

    Pare de comparar seu capítulo 2 com o capítulo 8 de alguém.
    Cada pessoa tem seu tempo, sua bagagem, seu ritmo.

    Valorize o que você já aprendeu.
    Se olhar pra trás, com certeza vai ver o quanto já evoluiu desde que começou.

    Fale sobre isso com colegas.
    Às vezes, só de ouvir que outra pessoa também se sente assim, a gente já se sente mais humano.

    Permita-se errar e aprender.
    Você não precisa saber tudo agora, você está em formação ainda (faz parte do processo e está tudo bem).

    Se possível, faça terapia.
    Ela ajuda a identificar essas vozes críticas internas e fortalecer uma autoimagem mais realista (e gentil).

    Você não é menos por estar aprendendo

    Você não precisa ser o estudante perfeito pra ser um ótimo profissional no futuro. Na verdade, quem reconhece que ainda tem o que aprender… já tá no caminho certo.

    A insegurança pode aparecer, com certeza, mas ela não define seu valor. Você não tá aqui por acaso, e não tá sozinho(a) nessa jornada!

  • O que acontece no seu cérebro quando você procrastina?

    O que acontece no seu cérebro quando você procrastina?

    Sabe quando você tem mil coisas pra fazer, abre o caderno… e do nada tá lavando a louça, assistindo vídeo aleatório ou reorganizando o feed? Pois é, isso não é só “falta de foco”, é o seu cérebro funcionando do jeitinho dele.

    Vamos entender o que acontece por dentro da cabeça da gente quando a procrastinação aparece?

    Primeiro: o que é procrastinar?

    Procrastinar não é preguiça.

    É quando a gente adia, evita ou troca uma tarefa (geralmente importante) por outra que parece mais agradável ou menos “pesada” naquele momento.
    Vou dar um exemplo comum: tem que estudar pra prova, mas decide assistir uma série “só um episódio” – SPOILER: você nunca assiste só um…

    A real é que a procrastinação é uma estratégia de fuga emocional.
    Seu cérebro tá tentando te proteger de algo que ele entende como desconfortável (seja tédio, medo de errar, pressão, insegurança ou até perfeccionismo).

    O cérebro e a busca pelo alívio imediato

    Nosso cérebro é programado pra buscar recompensas. Ele ama um alívio rápido.
    Quando a gente pensa em fazer algo difícil, chato ou desafiador, o cérebro já liga o alarme: “isso aqui vai ser estressante, melhor evitar”.

    E aí quem entra em cena?
    O sistema límbico (a parte emocional do cérebro), que grita “foge!”

    Enquanto isso, o córtex pré-frontal (responsável pelo raciocínio, planejamento, foco) até tenta tomar as rédeas, mas… ele cansa rápido se a pressão for grande.

    Resultado? A gente escorrega pra qualquer tarefa mais fácil e prazerosa. É o famoso:

    “Só vou ver esse vídeo rapidinho…”
    “Já já eu começo”
    “Depois eu faço melhor, agora não tô 100%”

    Mas por que isso vira um ciclo?

    Porque o cérebro associa a fuga ao alívio.
    E como ele ama repetir tudo que traz alívio, adiar a tarefa vira um hábito. A cada vez que você escapa de algo desconfortável, o cérebro pensa: “Boa, isso funcionou. Vamos fazer sempre!”

    Só que aí vem a culpa. E aí procrastina de novo. E vem mais culpa.
    E quando vê… virou rotina.

    Como sair desse ciclo?

    Não existe fórmula mágica, mas alguns passos podem ajudar (e muito!):

    1. Se pergunte o que você tá sentindo.
      Às vezes não é falta de disciplina, é ansiedade, medo de errar, ou sensação de incapacidade.
    2. Divida a tarefa em micropassos.
      Seu cérebro não curte tarefas gigantes. Comece por algo ridiculamente simples, tipo: “abrir o PDF” ou “escrever o título”.
    3. Crie pequenas recompensas.
      “Se eu escrever por 20 minutos, posso ver um episódio.” O cérebro ama saber que algo legal vem depois.
    4. Pare de esperar motivação pra começar.
      A ação gera motivação, e não o contrário. Se esperar vontade, talvez nunca comece.

    Procrastinar é humano

    Tá tudo bem procrastinar de vez em quando. Isso não faz de você uma pessoa preguiçosa ou incapaz. Mas entender o que está por trás desse comportamento pode te ajudar a lidar com mais leveza (e menos culpa).

    Então da próxima vez que você se pegar reorganizando o guarda-roupa quando era pra estar estudando… respira fundo e lembre-se:
    talvez não seja falta de vontade, talvez seja só o seu cérebro tentando te proteger do desconforto.

    Aí você agradece ele, e começa mesmo assim. Um passo de cada vez, né?

  • Você realmente se conhece? O que é o autoconhecimento na psicologia

    Você realmente se conhece? O que é o autoconhecimento na psicologia

    “Você se conhece?”

    Essa pergunta, que parece simples à primeira vista, pode nos levar a reflexões profundas, concordam? Afinal, quem somos nós por trás dos papéis que desempenhamos, das expectativas que tentamos atender e dos pensamentos que nos acompanham todos os dias?

    O autoconhecimento é um tema muito falado hoje em dia, especialmente nas redes sociais. Mas na psicologia, ele vai além de frases de efeito ou testes rápidos: trata-se de um processo contínuo, profundo e muitas vezes desafiador, mas que pode transformar a forma como nos relacionamos com o mundo e, principalmente, com nós mesmos.

    O que é autoconhecimento?

    Na psicologia, o autoconhecimento envolve a capacidade de reconhecer nossas emoções, pensamentos, padrões de comportamento, valores e motivações. É o processo de nos tornarmos conscientes de quem somos, não só do que mostramos para o mundo, mas também daquilo que muitas vezes escondemos até de nós mesmos, sabe?

    Ele é fundamental para o desenvolvimento da identidade e está diretamente relacionado à saúde mental, pois quando nos conhecemos melhor, temos mais clareza sobre nossas necessidades, limites, desejos e reações. Isso ajuda na tomada de decisões, na regulação emocional e na construção de relações mais saudáveis.

    Mas como “se conhecer” na prática?

    O autoconhecimento não é algo que acontece de uma vez. É um processo que pode acontecer de diferentes formas, por meio da terapia, da escrita, da meditação, do convívio com outras pessoas, de momentos difíceis e até de conflitos internos.

    Algumas formas práticas de exercitar o autoconhecimento incluem:

    • Observar os próprios pensamentos e emoções sem julgamento;
    • Identificar padrões repetitivos (por exemplo, situações em que você sempre se sente da mesma forma);
    • Refletir sobre as escolhas que você faz e os motivos por trás delas;
    • Entender quais são seus valores e o que é importante pra você;
    • Reconhecer seus limites — físicos, emocionais e relacionais.

    Autoconhecimento não é sobre “corrigir” quem somos, mas sim sobre nos enxergar com mais clareza e compaixão.

    Por que isso é tão importante?

    Quando não nos conhecemos, corremos o risco de viver no piloto automático, reagindo às situações sempre do mesmo jeito e sem entender o porquê. Podemos acabar nos colocando em relações que nos fazem mal, escolhendo caminhos que não têm nada a ver com a gente, ou exigindo de nós uma perfeição que nem é realista.

    Já quando estamos em contato com quem somos, temos mais autonomia emocional e mais consciência pra construir uma vida com mais sentido.

    Sendo assim, podemos dizer que o autoconhecimento não elimina os desafios, mas nos fortalece para lidar com eles com mais presença e menos culpa.

    Você se permite se conhecer?

    Se conhecer é um ato de coragem. É se olhar no espelho com sinceridade, acolher o que existe em si e permitir mudanças com gentileza.

    Talvez o autoconhecimento comece por aí: pela disposição de parar, respirar e perguntar a si mesmo, com curiosidade e sem julgamento: Como eu realmente estou?.

  • Por que é tão difícil mudar um hábito?

    Por que é tão difícil mudar um hábito?

    Se você já prometeu que começaria a dormir mais cedo, se exercitar todos os dias, ou parar de checar o celular a cada cinco minutos — mas se viu voltando ao mesmo padrão no segundo ou terceiro dia — você não está sozinho. Mudar um hábito pode parecer uma tarefa simples na teoria, mas na prática é um processo que envolve tanto a mente quanto o corpo.

    Hoje vamos entender por que temos tanta dificuldade para mudar hábitos e como a psicologia e o funcionamento do nosso cérebro explicam esse desafio.

    Como um hábito se forma?

    Um hábito é um comportamento aprendido que se repete automaticamente, muitas vezes sem que a gente perceba. Para isso acontecer, o cérebro cria uma espécie de “atalho” — algo que permite economizar energia ao repetir comportamentos que já foram feitos antes com sucesso (ou que geraram alguma forma de recompensa).

    O processo de formação de um hábito envolve três etapas principais, chamadas de “loop do hábito”:

    • Gatilho: algo que inicia o comportamento (por exemplo: sentir ansiedade, ouvir uma notificação, ou chegar em casa cansado).
    • Rotina: o comportamento em si (comer um doce, abrir o Instagram, fumar um cigarro).
    • Recompensa: a sensação boa ou alívio que vem logo depois (prazer, distração, conforto emocional).

    Ao repetir esse ciclo diversas vezes, o cérebro fortalece as conexões envolvidas — especialmente nas áreas responsáveis por comportamento automático, como os gânglios da base. Com o tempo, o comportamento se torna quase inconsciente.

    O desafio da mudança

    Sabendo disso, dá pra entender por que mudar um hábito exige mais do que força de vontade. É como tentar remar contra uma correnteza que foi sendo criada com o tempo. E quanto mais antiga ou emocionalmente carregada for essa rotina, mais difícil é quebrar o ciclo.

    Outro ponto importante: nosso cérebro adora recompensas imediatas. Ele tende a priorizar aquilo que oferece um alívio rápido, mesmo que a longo prazo não seja o melhor para nós. Por isso, hábitos como procrastinar, rolar o feed ou beliscar algo quando estamos estressados acabam sendo reforçados com frequência.

    Além disso, estamos lidando com vários fatores ao mesmo tempo:

    • Emoções (como ansiedade, culpa ou tédio),
    • Crenças (“eu nunca consigo manter nada”),
    • Contexto (rotina corrida, ambiente não estruturado),
    • E, claro, o cansaço mental (funções executivas sobrecarregadas).

    Então… o que fazer?

    Mudar um hábito envolve consciência, consistência e compaixão. A psicologia mostra que pequenas mudanças, feitas de forma gradual e realista, têm muito mais chances de sucesso do que tentativas radicais. Algumas estratégias incluem:

    • Identificar o gatilho: o que geralmente vem antes do comportamento que quero mudar?
    • Substituir a rotina, não só eliminá-la: o que posso fazer no lugar, que traga uma recompensa semelhante?
    • Criar lembretes e rituais: transformar o novo hábito em parte da rotina, com ajuda de anotações, alarmes ou combinações com outras tarefas (“depois do café, escrevo 5 minutos”).
    • Celebrar pequenas conquistas: cada passo conta, mesmo os menores. O cérebro precisa de reforço positivo!

    Mudança é caminho, não cobrança

    Mudar hábitos é, acima de tudo, um processo de autoconhecimento. Envolve observar nossos padrões com curiosidade, e não com culpa. Às vezes, um hábito que parece “ruim” foi criado como uma forma de nos proteger ou regular uma dor.

    Por isso, se você está tentando mudar alguma coisa na sua vida, lembre-se: leve o processo com gentileza. Não se trata de se forçar a ser alguém “melhor”, mas de se permitir crescer com mais consciência e cuidado.

    E aí, qual hábito você gostaria de mudar — ou criar?

  •  Descubra como o Cérebro se Regenera e Reorganiza 

     Descubra como o Cérebro se Regenera e Reorganiza 

    Por muito tempo, os danos cerebrais eram vistos como irreversíveis. Uma vez lesionado o cérebro jamais se recuperaria. No entanto, avanços científicos e tecnológicos levaram a uma nova compreensão do cérebro e à descoberta da plasticidade neural, fenômeno que transformou nossa visão sobre a capacidade de reabilitação do cérebro. Conheça mais sobre o tema no decorrer do texto.

    O que é Plasticidade Neural?

    A plasticidade neural, nada mais é do que a capacidade do cérebro formar novas conexões sinápticas entre neurônios, como resultado das experiências e pelos novos comportamentos aprendidos, viabilizando a adaptação reorganização cerebral, por meio da aprendizagem de novos comportamentos, o resultando em um desenvolvimento contínuo. A neuroplasticidade não ocorre somente em pessoas com lesões neurológicas, esse processo ocorre a todo tempo, em todas as pessoas e em todas as fases do desenvolvimento.

    O grau de plasticidade neural varia com a idade do indivíduo. Durante o desenvolvimento, o sistema nervoso é mais moldável (plástico), principalmente nas fases denominadas de períodos críticos, em que o Sistema Nervoso Central (SNC) é mais suscetível a transformações. Períodos críticos (ou janelas de oportunidade) são fases de desenvolvimento, nas quais algumas conexões neurais estão mais suscetíveis à aprendizagem. Nesse período há aumento da potencialidade de desenvolvimento.

    Esse fenômeno desafia a ideia de que o cérebro não pode modificar-se, pois a plasticidade neural demonstra que as funções e estruturas do Sistema Nervoso Central (SNC) podem adaptar-se a diferentes estímulos e assim recuperar e até adotar funções de outras áreas do cérebro através da aprendizagem e do treinamento.

    Aprendizado e Reabilitação

    A plasticidade neural e a aprendizagem são fenômenos intrinsecamente relacionados e ao desenvolvimento das funções neuropsicológicas e motoras. Cada novo comportamento aprendido desde o nascimento até a fase adulta resulta no fortalecimento de conexões neurais, as quais se tornam mais fortes à medida em que a mesma atividade é realizada repetidamente.

    Em outras palavras, quanto mais determinada tarefa é realizada mais fortes se tornam as conexões neurais relacionadas àquela atividade, quanto mais fortes essas conexões, mais fácil se torna a execução daquele comportamento, isso se chama de aprendizagem.

    Estimular o cérebro ao longo da vida, seja por meio de psicoterapia, exercícios específicos ou treinamento, é fundamental para manter um nível de funcionamento cerebral satisfatório.

    O Caso Phineas Gage

    Um famoso caso de adaptação cerebral é o de Phineas Gage. Um operário de ferrovias estadunidense, de 25 anos, que em 1848 sofreu um grave acidente enquanto trabalhava na construção de trilhos. Uma explosão acidental fez com que uma barra de ferro de quase 1 metro de comprimento e 3 cm de diâmetro penetrasse seu crânio, atravessando e destruindo parte do lobo frontal do seu cérebro.

    Phineas Gage sobreviveu ao acidente, mas sua personalidade e comportamento mudaram completamente. Antes do acidente, Gage era descrito como um homem confiável e respeitador, mas após o acidente, passou a se comportar de forma impulsiva e grosseira. Essa modificação afetou toda sua vida, incluindo as áreas social e profissional, pois sua capacidade de se adequar socialmente foi completamente comprometida.

    Esse caso nos mostra como o cérebro pode se adaptar a lesões. Pois mesmo que ele tenha sofrido danos irreversíveis em uma parte do lobo frontal, as outras áreas do cérebro compensaram esses danos, permitindo que ele sobrevivesse e se adaptasse a uma nova forma de funcionamento, apesar das notáveis alterações em sua personalidade. Essa adaptação é um exemplo de como a plasticidade neural influencia como o cérebro se recupera e se adapta após lesões cerebrais.

    Desafios e Oportunidades em Doenças Neurológicas

    Doenças do SNC, como acidente vascular cerebral, Alzheimer, Parkinson e lesões na medula espinhal, costumam ser consideradas irreversíveis. No entanto, a plasticidade neural oferece uma nova esperança á medida em que, em casos como esses, a depender do prognóstico e das intervenções neuropsicológicas aplicadas, células nervosas próximas a áreas lesionadas podem assumir parte das funções perdidas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Em todo caso é preciso levar em consideração que a recuperação depende de vários fatores, entre eles a idade do paciente, a localização da lesão e a qualidade do atendimento inicial após a lesão.

    Embora a plasticidade neuronal, seja um fenômeno notável, ainda precisamos nos aprofundar e desenvolver mais estudos para compreender melhor esse fenômeno, pois diferentemente do sistema nervoso periférico, o SNC enfrenta desafios na regeneração de lesões, o que torna a recuperação funcional mais complexa.

    Compreender a neuroplasticidade abre portas para novos tratamentos e intervenções em casos de doenças neurológicas A ideia de que o cérebro é moldável e adaptável traz esperança para pessoas que antes não viam possibilidades de recuperação.

    Nos últimos anos, pesquisas sobre neuroplasticidade tem crescido, trazendo novas descobertas e aplicações práticas. Algumas das descobertas mais recentes incluem: