Estudante de psicologia

Desconectar pra se reconectar: como o uso excessivo do celular afeta sua mente

Você pega o celular “só pra ver uma coisa”… Mas quando vê, já se passaram 40 minutos, você nem lembra o que ia ver e ainda saiu com a cabeça mais cansada do que antes.
Se identificou? Bem-vindo ao clube dos esgotados digitais!

Atualmente, vivemos grudados na tela, e mesmo sem perceber, esse uso excessivo pode estar afetando sua mente, seu foco, seu humor e até sua autoestima.

Mas por que a gente não consegue desgrudar?

Porque o celular ativa o nosso sistema de recompensa cerebral.
Cada notificação, curtida ou mensagem nova libera dopamina, o famoso neurotransmissor do prazer, e o cérebro AMA isso.

Então, sem perceber, vamos pegando o celular o tempo todo pra aliviar tédio, ansiedade, cansaço, solidão… É como um “reflexo emocional”, quanto mais mexe, mais vontade dá de mexer, né?

E qual o problema disso?

  1. Sobrecarga mental:
    É muito estímulo o tempo todo. Informações, sons, imagens, vídeos, mensagens… o cérebro fica exausto e a gente sente aquela sensação de cansaço sem ter feito “nada”.
  2. Dificuldade de concentração:
    Se você não consegue assistir um vídeo de 5 minutos sem pausar ou mudar de app, talvez o seu foco esteja sendo afetado (fora as vezes que ainda aceleramos vídeos e áudios no WhatsApp).
  3. Ansiedade e comparação:
    Rolando o feed o dia todo, a gente cai fácil na armadilha de achar que tá “atrasado na vida” ou que os outros são sempre melhores que nós.
  4. Desconexão real:
    Quanto mais tempo no online, menos tempo no aqui e agora. Consequentemente, isso pode afetar nossas relações, presença e até a percepção de nós mesmos.

Tá, e o que a psicologia diz?

A psicologia entende o uso excessivo do celular como um comportamento que pode se tornar disfuncional, principalmente quando vira fuga de emoções difíceis ou começa a afetar outras áreas da vida.

O problema não é o celular em si, sabe? Mas é o quanto ele pode estar sendo usado como anestesia emocional no nosso dia a dia.

Então como usar com mais equilíbrio?

  • Observe seus gatilhos: Você pega o celular quando tá entediado? Ansioso? Sozinho?
  • Crie “mini pausas” digitais: Deixe o celular longe enquanto estuda, come ou conversa com alguém (sei que é difícil mas com o tempo ajuda muito!).
  • Reduza notificações: Seu cérebro não precisa ser interrompido a cada vibração (isso distrai horrores).
  • Programe momentos offline: Pode ser 1h por dia ou 1 tarde no fim de semana, já faz diferença.
  • Se conecte com você: Às vezes o que a gente tá buscando no celular… é só uma forma de evitar estar com a gente mesmo.

Desconectar também é autocuidado, viu?

Você não precisa sumir da internet, jogar o celular fora ou virar um monge, tá? Mas talvez precise de mais momentos de presença real, silêncio e conexão com o que tá aqui, dentro e fora de você.

Porque às vezes, o que a gente tá precisando… não é de mais estímulo. É de pausa.

E aí, você sente que tem se desconectado de si pra se manter conectado com tudo?