Você já sentiu seu coração acelerar antes de uma prova? Ou ficou acordada à noite pensando em tudo que pode dar errado? Isso pode ser ansiedade, e está tudo bem sentir isso de vez em quando.
A ansiedade faz parte da experiência humana, mas o problema é quando ela deixa de ser passageira e começa a interferir na sua rotina, no sono, no trabalho ou nos relacionamentos.
Neste post, vamos entender o que é ansiedade do ponto de vista psicológico, quais são seus sintomas, e o que pode ser feito para lidar com ela de maneira saudável – tudo com acolhimento, embasamento teórico, ético e sem clichês.
O que é ansiedade?
A ansiedade é uma resposta natural do nosso organismo a situações de estresse, perigo ou incerteza. Ela nos prepara para agir diante de algo que percebemos como uma ameaça, seja real ou imaginada.
Do ponto de vista psicológico, a ansiedade é uma emoção básica e adaptativa, mas quando ocorre com frequência, intensidade ou sem motivo claro, pode se tornar um transtorno.
Segundo o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), os transtornos de ansiedade envolvem medo e preocupação excessivos acompanhados de sintomas físicos e comportamentais, como dificuldade de concentração, tensão muscular e evitamento de situações.
Sintomas de ansiedade (quando acende o alerta)
A ansiedade se manifesta de formas diferentes em cada pessoa, mas alguns sintomas são bem comuns:
- Coração acelerado
- Falta de ar ou sensação de sufocamento
- Pensamentos acelerados ou intrusivos
- Sensação de que algo ruim vai acontecer
- Dificuldade para dormir
- Tensão muscular e dores no corpo
- Irritabilidade
- Sensação de cansaço constante
- Dificuldade de concentração
- Evitar situações sociais ou desafiadoras
Vale lembrar: sentir alguns desses sintomas não significa automaticamente que você tem um transtorno de ansiedade. O diagnóstico só pode ser feito por um profissional da psicologia ou da psiquiatria, que vai avaliar com cuidado o seu contexto.
Quando procurar ajuda?
- Quando a ansiedade passa a atrapalhar sua rotina, seus estudos, seu trabalho ou seus relacionamentos.
- Quando você percebe que está evitando lugares, pessoas ou compromissos por medo ou por sintomas físicos.
- Quando os sintomas se tornam frequentes, intensos ou difíceis de controlar.
- Quando você se sente exausta(o), mesmo sem ter feito tanto assim.
Nesses casos, procurar um(a) psicólogo(a) pode muito bom. A psicoterapia é um espaço de escuta, acolhimento e construção de estratégias para lidar melhor com a ansiedade e com as causas que estão por trás dela.
O que ajuda a lidar com a ansiedade?
Além da psicoterapia, algumas práticas podem ajudar a aliviar os sintomas no dia a dia:
- Respiração consciente e técnicas de relaxamento
Respire fundo, devagar, sentindo o ar entrar e sair. Parece simples, mas isso ativa o sistema nervoso parassimpático e ajuda a reduzir a tensão. - Exercícios físicos
Atividades como caminhada, dança ou alongamento ajudam a liberar endorfinas, que promovem bem-estar. - Sono e alimentação equilibrados
Dormir mal ou se alimentar de forma irregular pode aumentar a irritabilidade e a sensibilidade ao estresse. - Limite de informações e redes sociais
Excesso de notícias, notificações e comparações pode piorar os sintomas. Permita-se desconectar um pouco. - Escrita terapêutica
Anotar o que está sentindo, sem filtro, pode te ajudar a organizar pensamentos e emoções.
Mas lembre-se: essas estratégias não substituem um acompanhamento profissional, principalmente se os sintomas estão muito intensos ou frequentes.
Um recado importante
Falar sobre ansiedade com responsabilidade é essencial. Por isso, se você está se sentindo sobrecarregada(o), não pense que precisa lidar com tudo sozinha(o). A ansiedade não é frescura, exagero ou falta de força, ela é um sinal de que algo dentro de você está pedindo atenção, e cuidar disso é um ato de amor-próprio.
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